Monitorização de Inquéritos em Meio Escolar

Skip Navigation LinksInício » Pesquisar inquéritos » Ficha de inquérito
Dados da Entidade
Nome da entidade: Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da Universidade do Porto 
Tipo de entidade: Outra entidade pública 


Dados do Inquérito
Número de registo:
0566300001 
Designação:
Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Universidade do Porto - Projeto JERF - Jovens, Educação e Regiões de Fronteira 
Descrição:
O projeto JERF encontra-se em desenvolvimento no Centro de Investigação e Intervenção Educativas da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto (CIIE), com enquadramento no trabalho desenvolvido pelo grupo de estudos Jovens, Educação e Diversidade (JEDi), e decorre de um estudo de caso (Silva, 2011-2015). Recordando o esquecimento a que os/as jovens e as populações de fronteira têm sido votados/as, também pelas Ciências da Educação (Silva, 2014), este projeto procura alargar o conhecimento sobre jovens em regiões de fronteira, estendendo a pesquisa a uma escala nacional – todos os concelhos de fronteira de Portugal Continental.
O projeto toma como pressuposto que dimensões globais, nacionais e locais dialogam entre si quando nos propomos estudar as experiências e culturas juvenis. Aspetos como a não linearidade dos percursos e transições (Walther, 2006; Pais, 2000) mas, igualmente, questões recentes como o exercício da juventude num contexto socioeconómico de pós-crise (Galland, 2010; Jover, Belando-Montoro, & Guío, 2014), diferentes mecanismos e contextos de participação juvenil, e questões contextuais relacionadas com a condição geográfica de fronteira e remoticidade (Carmo, 2011; Silva, 2014), sustentam a discussão da questão central.
Metodologicamente, o JERF organiza-se durante 24 meses em torno de diferentes momentos: análise documental, aplicação de um questionário a nível nacional e realização de estudos de caso múltiplos, valorizando as perceções e significados de diferentes figuras educativas de Agrupamentos de Escola de regiões fronteiriças e de agentes da comunidade, com atenção para os/as estudantes (9º-12º ano), e, nesse sentido, focando-se “mais [nos] sentido(s) do que [nos] «factos»” (Correia, 1998: 185). Recorrerá a uma metodologia de investigação mista (Creswell, 2003), conciliando métodos e técnicas quantitativas e qualitativas de recolha e análise de dados (Punch, 2014).
Com a grande finalidade de se procurar responder à questão Como se cresce e se é jovem em regiões de fronteira em Portugal, este estudo foca-se, de modo particular, em conhecer e compreender como se desenvolvem, organizam e estruturam percursos socioeducativos juvenis. Para isto, e com base em contributos anteriores, entende-se relevante uma abordagem que integre dimensões de resiliência dos/as jovens e os seus contextos (escolas resilientes e comunidades resilientes), engagement e pertença, considerando-se as pessoas jovens como atoras num contexto social em interação.
 
Objetivos:
Objetivo geral:
Compreender o modo como jovens de regiões de fronteira constroem e organizam os seus percursos socioeducativos, navegando adversidades e desigualdades, nomeadamente relacionadas com a condição geográfica, socioeconómica e cultural da sua região, mas também construindo pertenças, engagement e resiliências.


Objetivos específicos:
1. Contribuir para o alargamento do campo de conhecimentos, numa perspetiva educacional, sobre percursos socioeducativos, jovens e suas culturas em regiões de fronteira. Neste âmbito, pretende-se: (i) mapear teorias e conceitos que discutam o interface entre estudos juvenis, educação e estudos de fronteira; (ii) refinar e produzir quadros concetuais e teóricos relevantes para o projeto, abarcando dimensões como sentimento de pertença, engagement, resiliência, escolas resilientes, comunidades resilientes e percursos socioeducativos positivos; (iii) reconhecer as tendências atuais e agendas nacionais e internacionais nos estudos sobre jovens; (iv) sistematizar os estudos realizados na FPCEUP nos últimos 10 anos em torno das questões juvenis; desenvolver constructos cidadãos que possam dar conta de realidades juvenis em regiões de fronteira; promover o acesso a teoria sistematizada sobre as temáticas em estudo, especialmente aos públicos participantes (escolas e suas comunidades).

2. Mapear e analisar percursos socioeducativos e expectativas sobre trajetórias futuras de jovens de regiões de fronteira.

3. Conhecer a dinâmica de dimensões como pertença, engagement e resiliência de jovens e seus contextos no desenvolvimento de percursos socioeducativos significativos e positivos, nomeadamente para o sucesso educativo. Percursos positivos contemplam envolvimento e participação em contextos como a escola, Universidade, formação e atividades de educação formal e não-formal, participação (voluntariado, expressão artística), assim como perspetivas e aspirações positivas relativamente a cenários futuros (cf. definição em YOURAP; funding application to FP7-SSH-2013 by Silva, 2013).

4. Identificar e analisar processos de resiliência produzidos, apropriados e mobilizadas pelos/as jovens (Ungar, 2004) e desenvolvidos também pelos seus contextos (Henderson, 2013; McKay, 2011). Questiona-se, nomeadamente, o lugar que escolas resilientes e comunidades resilientes de regiões de fronteira ocupam na promoção de percursos socioeducativos significativos e positivos dos/as seus/suas jovens, nomeadamente para o sucesso educativo.

5. Conhecer dinâmicas e recursos potenciadores de engagement (Ballard, 2014), nomeadamente em percursos e contextos educativos, não exclusivamente escolares. Problematiza-se, por exemplo, a relação comunidade-escola no exercício de potenciar comportamentos de relação positiva com a escola e procura-se perceber as áreas prioritárias e práticas de escolas e comunidades de regiões de fronteira.

6. Compreender a construção de sentimentos de pertença relativamente a diferentes dimensões como região, escola, cultura, etc. (May, 2011). Equaciona-se, por exemplo, o papel que as juventudes das regiões de fronteira na sobrevivência de heranças e memórias e de que forma as ligações locais têm um papel de relevo nos seus percursos socioeducativos.

7. Produzir conhecimento sobre culturas juvenis de fronteira.

8. Contribuir para formar jovens investigadores/as no campo das juventudes e educação.
 
Periodicidade:
Pontual 
Data do início do período de recolha de dados:
10-01-2017 
Data do fim do período de recolha de dados:
30-06-2017 
Universo:
Jovens a frequentarem o 9º, 10º, 11º e 12º anos de agrupamentos de escolas de regiões de fronteira de Portugal Continental: um agrupamento de escolas 
Unidade de observação:
38 agrupamentos de escolas (escola sede) de regiões de fronteira de Portugal Continental. Serão recolhidos dados em um agrupamento de escolas (escola 
Método de recolha de dados:
Inquérito por questionário, aplicação presencial. 
Inquérito registado no Sistema Estatístico Nacional:
Não 
Inquérito aplicado pela entidade:
Sim 

|  Voltar  |